Eu, a cabana, o lago e a lua...!


Que há de ser 
de mim diante de 
tamanha solidão? 
De nada me vale 
a companhia 
muda 
daquela lua esplendorosa! 
Pouco me interessa 
a tranquilidade 
contemplativa 
desse lago que 
reflete estrelas. 
Inútil se torna 
esta cabana desabitada 
onde se refugia 
meu coração vazio! 
O que ainda me sustenta 
sobre as bases 
do espírito 
é a certeza de que 
amanhã 
raiará o sol 
da esperança, 
embora também 
despenque outra noite 
na consequência.

Adriano Curado

Nenhum comentário: